Sabemos que gerir umaescola democraticamente não é tarefa fácil, mas é possível. A eleição dediretores escolares representa um clamor da população e possibilita umatransformação social, A assunção de um profissional mais democrático, maisaberto à diversidade de pensamentos é, de fato, um ganho na educação, pois acomunidade escolar sente a diferença e passa a estar presente na escola. Odiretor eleito muda a atitude, passando de uma postura autoritária para umadialógica, permitindo a participação dos demais segmentos, que podem opinar,propor mudanças e soluções para problemas. Neste, sentido, o coletivo escolar da Escola Estadual Augusto Montenegro deu um grandeexemplo de cidadania e democracia. O fato da comunidade não aceitar mais diretoresque são escolhidos pelos governantes e que, portanto, não representam o anseioda comunidade mostra o grau de responsabilidade e maturidade que essesrepresentantes possuem.
Observem o que Carlos Curyfala neste sentido:
“Então,vamos fazer novamente a pergunta essencial: a quem pertencem os sistemas deensino e as escolas publicas? A resposta obvia seria: aos cidadãos, ao publico.Se percebidas como pertencentes aos governantes, aos dirigentes, as corporações,estaremos diante da concepção patrimonialista do bem publico, da apropriação,que leva ao jogo dos interesses dos “donos do poder”. Ao contrario, se percebidacomo pertencendo ao “publico”, a cidadania, teremos a concepção democrática,cidadã, da “res publica”, que leva ao jogo do projeto coletivo de vida. E nestaconcepção, a participação deixa de ser mera “colaboração”, para tornar-seexercício de poder dos cidadãos sobre aquilo que lhes pertence e que dizrespeito aos objetivos coletivos. O cidadão governante e o novo ator do Estadodemocrático.”
“Então,vamos fazer novamente a pergunta essencial: a quem pertencem os sistemas deensino e as escolas publicas? A resposta obvia seria: aos cidadãos, ao publico.Se percebidas como pertencentes aos governantes, aos dirigentes, as corporações,estaremos diante da concepção patrimonialista do bem publico, da apropriação,que leva ao jogo dos interesses dos “donos do poder”. Ao contrario, se percebidacomo pertencendo ao “publico”, a cidadania, teremos a concepção democrática,cidadã, da “res publica”, que leva ao jogo do projeto coletivo de vida. E nestaconcepção, a participação deixa de ser mera “colaboração”, para tornar-seexercício de poder dos cidadãos sobre aquilo que lhes pertence e que dizrespeito aos objetivos coletivos. O cidadão governante e o novo ator do Estadodemocrático.”